
João Duarte Carvalho, treinador do Prazins Corvite, saiu em defesa do seu grupo de trabalho, após a arbitragem no jogo com o Emilianos. O jovem responsável técnico abriu uma exceção para falar do sucedido e expôs as situações de desconforto através de uma nota nas redes sociais.
“Semana após semana, sinto que têm desvalorizado o trabalho que fazemos no FC Prazins e Corvite. Sacrificamos muitas coisas da nossa vida pessoal, trabalhamos muito, muito trabalho fora da nossa atividade profissional em prol do Futebol (distrital). Isto é o que todos os clubes, todos os jogadores, equipas técnicas e diretores fazem”, começou por dizer.
“Todos estamos sujeitos ao erro. É inerente ao ser humano. Todos temos os nossos momentos menos bons. No jogo diante o Emilianos FC tive o meu. Felizmente, considero que tenho capacidade de autorreflexão e autocrítica. E como não me considero acéfalo, reconheço que excedi-me. Excedi-me em defesa do meu grupo, em defesa das pessoas que, semana após semana, vêm o seu esforço ser banalizado. Em defesa contra a arrogância e prepotência com que o agente desportivo que menos deve sobressair nos jogos se dirige aos outros agentes, porque eles são quem faz cumprir as Leis do Jogo”, acrescentou.
E prosseguiu. “Errar nestes aspetos não é erro. É má índole. Erros técnicos aceito com naturalidade. Começo a ter dificuldade em aceitar, quando há dois pesos e duas medidas em função das camisolas usadas pelos jogadores. Sofremos golo de pontapé de grande penalidade e com expulsão na sequência da falta que origina essa penalidade. Aqui, nada a apontar. Perfeitamente bem ajuizado. Todavia, a recuperação de bola que se concluiu com o golo é faltosa. A equipa de arbitragem viu, mas quis fechar os olhos”.
O treinador continuou nas críticas. “Posteriormente, um jogador nosso é agredido, a equipa de arbitragem viu, mas quis fechar os olhos. Vou-me ficar pelos lances capitais do jogo.
Não quero ser beneficiado. Nunca quis. Quero apenas que sejam justos, e que se lembrem que para o futebol evoluir, todos temos que “saber estar”. Árbitros inclusive. Porque neste momento, são de longe os agentes desportivos que mais contribuem para este ambiente inflamatório que vive o Futebol. E os organismos que tutelam o Futebol, que comecem a trabalhar para melhorar o Futebol. Porque o mundo está a evoluir, e talvez mais breve do que se possa imaginar, podem começar a surgir outros Organismos e Competições paralelos aos do Sistema”, concluiu.