

Davidson deixou saudades em Guimarães, mas o jogador não esquece o Vitória. Em dia de aniversário do clube, o brasileiro não escondeu o seu amor ao Vitória e a Guimarães
“Dizem que jogador de futebol não tem clube. Que só pensa no dinheiro, em voltar pra casa e esquecer do jogo. Já ouvi isso tantas vezes… que por um tempo até cheguei a acreditar que talvez eu não sou um verdadeiro jogador de futebol. Mas como qualquer criança, eu cresci torcendo pelo clube time da minha cidade. Sonhando em estar em campo, com a arquibancada lotada, defendendo aquelas cores. Quando virei profissional, aprendi a respeitar o escudo que carregava, fosse qual fosse. Sempre me ensinaram que para seguir em frente eu precisava separar cabeça e coração, ser frio, ser profissional”, começou por dizer.
“Só que tudo mudou no dia em que eu vesti a camisa do Vitória Sport Clube. Porque em Guimarães me mostraram outra verdade: “quem não sente, não é filho de boa gente.”
E ali eu senti. Senti de verdade. Aquela cidade pulsa diferente. É paixão correndo nas ruas, é criança gritando Vitória no Toural, é o estádio Afonso Henriques virando um caldeirão em cada jogo. Não é só futebol: é identidade, é família, é história. O Vitória não se torce, o Vitória se vive”, acrescentou.
E prosseguiu. “E eu vivi. Me tornei parte deles, senti cada vitória como se fosse minha, cada derrota como uma ferida aberta. O clube, os adeptos, a cidade, tudo isso me marcou de um jeito que não tem volta. Por isso, não aceito quem veste a camisa sem respeito. Porque eu sei o que significa vestir esse preto e branco. É privilégio, é honra, é carregar um povo inteiro no peito. Hoje, no aniversário do Vitória, a saudade aperta ainda mais. E eu sei que um dia ainda vou morar em Guimarães. Porque esse lugar virou casa, mesmo longe. O Vitória é eterno. E eu sou eterno Vitória. Parabéns, meu Vitória Sport Clube”